Calibre 10
Até a Segunda Guerra Mundial, este calibre era utilizado por caçadores, cuja principal forma de tiro era realizada a uma distância em que os cartuchos “normais” se tornavam um pouco escassos – convém ter em conta que nessa época o cartucho “mais normal”era o 16. A energia que possui é aproximadamente a metade do calibre 8, mas o recuo é sensivelmente inferior. Este calibre nunca teve uma difusão grande, ao contrário do 12, 16 ou 20.
Calibre 12
Este é, sem dúvida, o calibre mais utilizado atualmente. Mas nem sempre foi assim: até o período entre as guerras, o calibre 16 era o mais popular, tanto na Europa quanto na Ásia e na América, sendo que o utilizavam em armas para praticar tiro ao vôo. Quase todos os fabricantes desenvolveram canos especiais para este calibre com miras de espingarda e arma cilíndrica ou cilíndrico melhorado, destinados a disparar balas sólidas com uma extraordinária precisão tratando-se de uma espingarda. A sua fama foi incrementada também pelo desenvolvimento de espingardas de combate para uso policial.
Calibre 14
Este calibre obteve alguma fama antes da Primeira Guerra Mundial nos Estados Unidos, devido a diferença de características com o calibre 12, menor que a diferença de outras armas com o mesmo. No entanto, o seu melhor comportamento era quase igual ao calibre 16 – de fato a carga era a mesma – sendo a única vantagem a de contar com uma coluna de grãos mais curta devido ao seu maior diâmetro. Com a proximidade de características com os calibres 16 e 12 justificou que o calibre 14 caísse em desuso. Não devemos confundir o 14 com o 14 mm, como são conhecidos em alguns locais da América Latina os “gauge” 32.
Calibre 16
Esse foi o calibre mais usado durante a primeira fase das munições modernas. O seu êxito baseou-se na possibilidade de conseguir um rendimento igual ao do 12, em armas sensivelmente mais leves, e sobretudo, de linha mais esbelta. Ainda hoje as espingardas de canos paralelos ou sobrepostos de calibre 16 são esteticamente superiores do que as de calibre 12. Apesar de ser um excelente calibre, somente cerca de um por cento das armas vendidas anualmente são 16. Esta é a única justificativa para que fabricantes como a Remington, Winchester e a RWS continuem mantendo cartuchos deste calibre nos seus catálogos.
Calibre 20
Se a aceitação do 16 vai diminuindo pouco a pouco, a do 20 vem sofrendo um grande incremento. Nos EUA, o desenvolvimento de câmaras de 76 mm neste calibre foi um sucesso, e na Europa os atiradores (principalmente caçadores) estão se rendendo a este cartucho, cujas espingardas são mais leves e manuseáveis e o desempenho comparável ao dos cartuchos maiores. Ideal para disparos de curta distância, o calibre 20 são excelentes também para praticar tiro aos pratos.
Calibre 24
Este calibre é um dos mais práticos para caçar pequenas aves, como codornas, pombas e perdizes. O seu recuo é suave e agradável e a sua eficácia é mais do que suficiente. Em clubes de tiro, pode ser utilizado em algumas disciplinas, igualando-se em condições com os grandes calibres. No início do século XX foi muito utlizado e, atualmente, podem ser encontradas espingardas com este cartucho a Fiocci da Itália, a CBC do Brasil, entre outros fabricantes.
Calibre 28
Este é um calibre que se tornou muito popular na Europa, onde era utilizado para caça ao vôo. Nos Estados Unidos, além de ser utilizado para a caça de aves pequenas, é considerado um bom cartucho para o tiro de skeet. Em conjunto com o 20, o 12 e o .410 são os calibres mais comuns atualmente. Vários são os fabricantes que oferecem munições neste calibre, tanto na Europa como na América.
Calibre 32
As espingardas para este calibre são quase exclusivamente de origem européia. Na América, tiveram muito pouca, quase inexistente, divulgação, dependendo do local. Os fabricantes nos EUA não se interessaram muito por este calibre, e somente no Brasil pode ser encontrada alguma quantidade destas armas. Na Europa e na América do Sul, o calibre 32 é conhecido também como 14 mm. t
Calibre 36
Mais conhecido como 12 mm, este calibre teve um invólucro de três polegadas ou 76 mm desenvolvido para ele, sendo o único cartucho pequeno que conta com essa característica. Este “novo” cartucho foi denominado .410 e atualmente foi adotada universalmente a medida 36 ou 12 mm para as cargas normais e .410 para as “Magnum” . A carga deste cartucho é sempre de chumbo fino entre os números 4 e 9. No entanto, há um capítulo à parte no que se refere à bala sólida: com estes projéteis, o .410 comporta-se de uma forma mais parecida a um cartucho de espingarda curta do que aos outros de espingarda. O pequeno projétil sólido (pesando entre 10 e 12 gramas) sai da boca da .410 a 560 m/s, sensivelmente mais rápido que o normal nesse tipo de arma. Também por esse motivo as pressões são um pouco maiores. Mas, em qualquer caso, se para os calibres menores que o 16 o uso de balas sólidas é desaconselhável, com o .410 podem ser utilizadas com êxito em peças de pequeno tamanho e pouco peso. Esse é mais um dos fatores que faz com que o calibre 36 sobreviva aos outros irmãos mais velhos.
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